Os últimos anos: o grande Abade.
Recebendo pedidos de toda a parte para presidir celebrações, pregar, dar conselhos, Dom Marmion não se poupa, apesar de uma saúde enfraquecida pelos anos da guerra.
Com o cardeal Mercier, seu amigo e confidente, domina espiritualmente o cenário belga e internacional. A longa visita que lhe faz, em 1920, a rainha Elisabeth é disto um testemunho.
O fato de, apesar de sua fadiga, aceitar substituir o bispo de Namur (em setembro de 1922) para conduzir a peregrinação diocesana a Lourdes, confirma tanto esta notoriedade como sua profunda piedade mariana.
Quando ele preside as festas do Cinquentenário de Maredsous (de que viveu e depois dirigiu a história durante 35 anos), em outubro de 1922, desconfiava que não teria mais do que três meses de vida?
Seus três livros – Cristo, vida da alma; Cristo em seus mistérios; Cristo ideal do monge – que alimentarão a espiritualidade de um número muito grande de padres, religiosos e religiosas, já apareceram e Dom Raymond Thibaut, seu fiel secretário, prepara um quarto [Sponsa Verbi] destinado a estas “esposas do Verbo” que são as religiosas de clausura às quais ele pregou muitas vezes.
Mas ele se resfria no decurso de deslocamentos fatigantes; sucumbe à epidemia de gripe em seu mosteiro, a 30 de janeiro de 1923.
Pode-se afirmar que no momento em que morre, Maredsous está no auge de seu brilho.