As Primeiras Provas e a Missão Interior de Dom Marmion

Entre humildade, formação espiritual e zelo missionário, o jovem monge revela sua vocação profunda no coração da renovação beneditina.
As Primeiras Provas e a Missão Interior de Dom Marmion

Os inícios em Maredsous (1888-1899)

Por definição, o início de uma vida monástica é vivido na modéstia e na humildade. Para Dom Marmion, já mais velho, já formado, isto foi uma provação acentuada pelo afastamento de seu país… e pelas concepções do mestre de noviços da época!

Mas os desenvolvimentos rápidos da renovação monástica vinda de Beuron, o afluxo das vocações e a proximidade dos criadores e condutores de homens que foram os irmãos Wolter, Dom Hildebrando de Hemptine, Dom Roberto de Kerchove, imprimiram à aventura monástica um ritmo exultante, para o temperamento generoso de Dom Marmion.

Seu sacerdócio se expandiu nas pregações externas que lhe foram solicitadas, ao passo que sua nomeação como “Zelador” dos noviços de Maredsous revelará seus talentos de conselheiro espiritual, talento que forjará definitivamente na nova comunidade de Mont-César, da qual será um dos pilares fundadores.

Como Cerimoniário, ele pôde viver como coreógrafo, durante vários anos, seu amor por uma bela liturgia.

Em 1896 esteve para ser enviado ao Brasil, a pedido de Dom Gerardo van Caloen, monge de Maredsous, seu amigo, que estava à frente de um grupo de monges da Congregação de Beuron, na restauração da vida beneditina no Brasil. Ele estava pronto e contente com esta perspectiva, só não viajando por não ter recebido a devida ordem de seu Abade.